Punições pelos Mecanismos de Busca – Visão GeralRuy MirandaOtimização de Sites (Caso algum termo lhe seja desconhecido, visite a página de glossário, onde provavelmente haverá informação sobre ele.) A punição pelos Mecanismo de Busca é um fenômeno quase corriqueiro na Internet. O Google é, de longe, o que mais pune. O drama é que muitas vezes não sabemos os motivos da punição, especialmente quando ela decorre de uma mudança na programação do mecanismos de busca, sem a devida comunicação ao público. Outra situação difícil é quando houve uma mudança nos nomes dos arquivos e o dono não sabe quais eram eles antes. O Que É – Punição é qualquer perda de posição de um site ou página decorrente da violação de regras estabelecidas pelo mecanismos de busca. Na sua dimensão mínima, pode representar a perda de duas ou três posições; na máxima, pode ser o banimento do site do index do mecanismo de busca. Diferenças entre os Mecanismos de Busca – O Google é o que mais aplica tais penalidades, o que significa que é, também, o mecanismo de busca que usa o maior número de regras para posicionar as páginas. O Yahoo e a MSN (Bing) estão, aparentemente, em patamar muito parecido, porém muito distantes do Google. É tão comum ver punições no Google quanto raro no Yahoo e MSN. As causa das punições são muito variadas. Causas das Punições – As causas das punições podem ser classificadas segundo o tipo de infração: -- Utilização de textos e/ou links invisíveis ao usuário – Esta é uma prática que consiste em colocar o texto e/ou link da mesma cor do fundo da página. Com isto não são lidos pelos usuários, mas são escaneados pelos robots. Usado para ocultar do usuário alguma informação ou evitar que o texto fique feio ou desagradável pela repetição excessiva de certas palavras. Esta prática ocorre quase sempre por má-fé. -- Ausência da tag alt em imagens – Isto é visto como uma tentativa de se ocultar alguma coisa do robot. É uma situação inversa dos lins/textos invisíveis. Ocultar ou omitir algo dos robots é, em princípio, considerado uma tentativa de escamotear a informação, o que contribui para distorcer os resultados nas listas de buscas. -- Cloaking – O cloaking consiste em mostrar ao visitante uma página diferente da que é mostrada aos robots. -- Excesso de links – Número excessivo de links em uma página. Admite-se que o limite tolerado, especialmente pelo Google, seja de 100 por página. Admite-se também que seja um fator de pouco peso no posicionamento. -- Excesso de imagens – Como não se concebe imagem sem a tag alt, e como se disseminou o conceito, até poucos anos, que toda imagem precisa ser acompanhada da tag alt, e que o número de tags alt deve ser no máximo 30 por página, deduz-se que o número de imagens não deve ser superior a 30. -- Navegação imprópria ou contraditória – O uso de mais de um menu no site, com entrecruzamento de links, especialmente a associação de menus em html com menus em javascript, por vezes gera uma dificuldade para os robots escanearem o site ou página. -- Conteúdo insuficiente – Por vezes o conteúdo da página é insuficiente para definir o seu tema e a posição que deve ocupar em alguma lista de busca. -- Doorways – Em certas circunstâncias uma única doorway pode ser uma infração. Pode-se dizer que as causas de punições listadas até aqui são comuns a todos os mecanismos de busca, embora alguns sejam mais rigorosos do que outros. A seguir listarei outras causas que são específicas do Google, embora outros mecanismos, de quando em quando, dêm alguns sinais de que as utilizam também. -- Link comprado ou alugado – O link externo comprado ou alugado é visto como uma forma de dar uma mensagem artificial da popularidade do link. Anúncios de uma maneira geral podem cair nesta categoria, excluindo-se os que são pagos aos mecanismos de busca. -- Diversas distorções no uso dos links – Uma análise mais extensa deste item pode ser vista em
Popularidade do Link – Distorções.e também
Formas de se Obter Links Externos - Lícitas e Ilícitas -- Repetição de títulos no site – Isto ocorre de forma mais freqüente entre os sites dinâmicos, especialmente nas lojas virtuais. Às vezes todo o site tem um único título; outras vezes o mesmo título é usado numa parte do site. Repetições deste tipo dificultam os programas dos mecanimos de busca definirem o posicionamento das páginas - daí a punição. -- Repetição de meta descrição – Situação semelhante à repetição do título. -- Títulos muito curtos – Tecnicamente um título muito curto dificulta sua articulação com o conteúdo da página e seu correto posicionamento nas listas de resultados. -- Repetição de conteúdo – A repetição de conteúdo dentro do site é outro fator que embaraça os programas dos bancos de dados. -- Repetição de páginas de outros sites – Também chamado de duplicidade de conteúdo em sites diferentes. Esta é um prática muito comum no Brasil. Tão comum que, neste ano de 2008 resolvi checar duas páginas deste site na Internet. Elas foram reproduzidas, em partes, em dois sites, como sendo de autoria desses sites, sonegando a informação do verdadeiro autor. Num dos casos a página foi subdividida em vários artigos – cada tópico do texto original era um artigo no outro site, o qual oferecia serviços de otimização. Em outro caso, as duas páginas páginas foram igualmente repetidas em um curso de otimização on line. Mandei email para os dois casos. O segundo me respondeu para apontar quais as páginas que eram de minha autoria para que ele pudesse retirá-las – ou seja, ele se apossou de um direito autoral e ainda achou que eu deveria me dar ao trabalho de realizar uma pesquisa em todo o site dele para indicar o que era propriedade intelectual minha. Parece até que se trata de uma compulsão para fazer coisas erradas já que, nos dois casos, as páginas podiam ser reproduzidas gratuitamente, desde que o nome do autor e o endereço das mesmas fosse colocado. A punição recai sobre quem copia, ou seja, sobre o site ou página que apareceu depois na Internet, mas por vezes o Google erra e pune também o primeiro site. -- Repetição de sites – Consiste em colocar o mesmo conteúdo em domínios diferentes e usar links apontando para um deles, que seria o principal, ou todos apontando para todos. Se os sites são do mesmo dono (Google já faz esta verificação), todos são punidos. Se pertencem a pessoas ou empresas diferentes, a punição tende a recair sobre os que vêm depois do primeiro, mas pode haver erro e punição a todos. Às vezes uma situação de repetição, fora de seu controle, pode comprometer o seu site. Isto me ocorreu quando o servidor onde o site de um cliente estava hospedado, entrou em bug, ficou fora do ar uns três dias e, quando voltou, o site estava com algumas desconfigurações. Pouco depois ele começou a perder posições. Aconselhei o dono do site a mudar de hospedagem, mas não fui ouvido. Dias depois, novo bug. A seguir a palavra-chave principal começou a cair rapidamente no Google – depois de várias pesquisas verifiquei que ocorrera uma repetição do site na hospedagem, sob a forma de subdomínio. Ou seja, todo o site foi repetido no mesmo servidor, e com semelhanças entre domínio e subdomínio. Seja por desconhecimento ou para não reconhecerem o erro, os donos da hospedagem se recusaram a seguir os procedimentos corretos em situações assim – concordaram, no máximo, em apagar o subdomínio que fora criado. Discussão – Como disse acima, as punições variam com a gravidade da infração. Quando praticada por profissionais, a punição costuma ser ainda mais dura. No Brasil, o mais comum é um somatório de pequenos e médios erros; dificilmente se vê algo que possa conduzir ao banimento. O mais comum é perder algumas posições, sofrer punição menos 30 e punição 950. Existem muitas discussões sobre este assunto, especialmente porque os mecanismos de busca não divulgam, de forma explícita, o que é aceitável e o que não é, ou quais são suas regras para posicionar as páginas. Embora haja um argumento consistente de segredo comercial, direito autoral, e coisas do gênero para justificar esse comportamento, há mais temor a processos e pedidos de indenizações por erros do próprio mecanismo de busca do que qualquer outra coisa. É claro que todo mecanismo de busca sabe que critérios o outro usa, e poderia implementar critérios semelhantes, se quisesse. Seja como for, estas são as regras do jogo, as quais têm aspectos muitos perversos. O Google, além de usar muitas regras, está sempre testando novas. E quase sempre não anuncia quais são elas. Outras vezes amplia um conceito sem notícia prévia. Por exemplo, passou a desconsiderar certos links nos intercâmbios de links e rebaixou o PageRank de muitas páginas, com consequente perda de posições. Um site cuja home se encontrava na primeira página da lista de resultados durante anos, podia amanhecer na quarta página, sem saber os motivos. Outra questão muito discutida são os anúncios. Uma empresa pode colocar anúncios em outros sites, pagando ou não, e ser punida pelo Google. Por outro lado, o Google fatura bilhões colocando anúncios do AdSense em bilhões de sites mundo afora. Um dos argumentos do Google é que ele não conta os links do AdSense para avaliar a popularidade do link, e que se trata apenas de um serviço de marketing e propaganda. Mas o link de uma empresa em outros sites pode ter a mesma finalidade e, a despeito disto, pode ser punida. Assuntos como estes passaram a exigir maior habilidade dos otimizadores no manuseio de links para evitar punições. Este assunto é muito sério posto que a perda de duas ou três posições pode significar, dependendo do caso, a perda de milhares de visitantes, o que pode se traduzir em perda de milhares de vendas. No outro extremo, o banimento pode significar o desaparecimento da empresa. Novembro/2007 |