Formas de se Obter Links Externos - Otimização Externa


A busca por links externos (otimização externa) está se tornando uma tarefa cada vez mais difícil e complexa para os webmasters. Isso é conseqüência das sucessivas mudanças no algorítimo do Google. A própria expressão ‘otimização externa’, que definia os trabalhos para a obtenção de links externos já está um tanto desatualizada. Vamos ver ao vários aspectos envolvidos nessa atividade, e como está cada vez mais estreito o espaço para os webmasters aumentarem os pageranks de seus clientes via links externos.

Desatualização da expressão ‘otimização externa’ – No começo do Google você podia trocar links com qualquer site – você apontava um link para ele e ele apontava um link de volta para o seu site. Quanto maior o número de links que apontavam para o seu site, independente de você estar apontando para os mesmos sites, maior seu PageRank e melhor a sua posição nas buscas. Isso tinha o nome de intercâmbio de links e era uma tarefa dos webmasters e donos de sites para melhorar as posições. Depois o Google mudou: o intercâmbio era aceitável apenas entre links do mesmo tema ou de temas correlacionados. Veio uma terceira mudança: links intercambiados deixavam de ter valor, em termos relativos. Você estará perdendo tempo se, por exemplo, construir um minidiretório para trocar links com sites de tema semelhante ao do seu. Entretanto, o Google leva em consideração links intercambiados, desde que não sejam muitos, e se estiverem dentro do contexto do tema da página, e situados no fluxo do uma frase.

Como é feita a otimização externa hoje – Os proprietários de sites e webmasters usam meios lícitos e também procuram brechas no sistema para conseguir links e aumentar o pagerank. Embora o pagerank tenha diminuído muito sua importância no posicionamento das páginas, ainda é uma variável importante. Não podemos ser hipócritas – todo webmaster ou dono de site faz o possível, dentro da licitude, para melhorar as posições de seus sites, nem que tenham de contrariar certas diretrizes não explícitas do Google e as concepções originais dos links externos. Ficar à frente dos concorrentes é muito importante; às vezes é a sobrevivência do negócio. E passar por essa porta cada vez mais estreita muitas vezes exige malabarismos.

Isto posto, vamos listar as formas de obtenção de links externos que vemos na Internet e nos deter naquela que é a mais comum hoje e que requerem ações agressivas de webmasters, situadas no limite do lícito e do ilícito.

-- Link espontâneo – É o link colocado espontaneamente em uma página por seu autor, fazendo referência a outro site. Este é o mais valorizado pelo Google porque é o reconhecimento do mérito do outro. A soma de reconhecimentos assim forma a popularidade do link ou do site. Um problema com esses links é que podem passar meses ou mais de ano sem que sejam encontrados. Isso ocorre particularmente quando sua colocação é em página que tem pouca ou nenhuma atividade e, com isso, os robots do Google levam muito tempo para revisitá-la.

O programa do Google lançado em 2012 e atualizado em 2013 chamado Penguin foi criado exclusivamente para aprimorar a análise dos links. Por ele links oriundos de sites de temas diferentes não são valorados já que links pagos podem ser colocados dessa forma, simulando expontaneidade. Já o link que venha de sites do mesmo tema são mais dignos de confiança. Uma prática falada abertamente em foruns americanos em 2013 tem consistido em criar sites do mesmo tema, trabalhar para que eles obtenham reconhecimento e colocar links "expontâneos" neles. Naturalmente a tarefa requer muito domínio da otimização para evitar que os sites recebam punição ao proprietário.


-- Link comprado – É o link pelo qual o sujeito recebe para apontar para um dado site. O dono deste paga uma quantia, em geral, mensal, ao dono do outro site. Quanto maior for o pagerank do site de onde parte o link, mais caro é o valor mensal. Este é o link mais desprezível, mas é difícil de ser identificado porque os contratos são de longa duração (1, 2 ou mais anos).

O programa Penguin, na sua versão 2.0, de 2013, tem sido mais capaz de identificar tais sites por meio de cruzamentos de informações contidas nos bancos de dados do Google. O leitor deve ficar muito atento a ofertas provenientes de certos países como a Índia – o risco aí é de cair na mão de picaretas, pessoas sem escrúpulos, que usam todo tipo de truque (o mais impressionante que vi foi de as páginas onde colocavam os links aparecerem com pagerank 5 e não terem nenhum link; ou seja, falsificaram o pagerank). O Google tem feito um arquivo com os endereços desses sites, mas o caso é complicado: quando vêm que o Google os descobriu, passam a trabalhar em outro domínio. E quem recebe esses links é punido. Saia fora dessa dor de cabeça.

-- Link em página de anúncios – Muitos donos de sites, para aumentar seu faturamento, destinam uma área nas páginas para anúncios, propaganda. Os links ali colocados recebem os ranks das páginas respectivas . Naturalmente, quanto maior o pagerank das páginas, maior o preço dos anúncios. Esses links, quando identificados pelo Google como de propaganda, são ignorados. Eles podem até aparecer na lista de links externos das ferraments de webmasters, mas não são consierados no cálculo do pagerank. Pode-se comprovar isso fazendo a busca por links do site e verificar que tais links não aparecem ali.

-- Parceiros – Como o Google começou a desconsiderar os ranks vindos de anúncios, os títulos de anúncios passaram a receber o nome de Parceiros. A figura Parceiro é controvertida e não dá para o Google avaliar a pareceria dos dois sites (se eles cooperam mutuamente em alguma área, por exemplo). Então esses links começam a ser ignorados. Antes mesmo da migração de áreas de anúncios pagos para áreas de Parceiros, a figura do Parceiro já existia, mas traduzia na prática alguma colaboração ou simplesmente doações sistemáticas para empresa ou organização (em geral do terceiro setor). É pois uma situação muito encontrada na Internet, mas o que mais ocorre é o pagamento pelo link sob a chancela de parceria. Entretanto esse pagamento acabará, mais cedo ou mais tarde, se tornando dinheiro jogado fora.

-- Variações de títulos para os links - Ao invés de parceiros, muitos sites usam outros termos para despistar.

-- Links de diretórios – Desde 2008 os links de diretórios passaram a ter menos ou nenhum valor. Os diretórios que reúnem milhares de links sem qualquer critério de qualidade, são ignorados e seus links valem pó. Pairam ainda algumas dúvidas sobre sites como Oppen Directory – se antes um site só alcançava o PR 4 se fosse aceito nesse diretório, há vários indícios de que isso não é preciso mais; há, contudo, indícios de que ajudam – parece, por exemplo, que o Google só insere no seu diretório, sites que foram aprovados no Oppen. Existe ainda certa dúvida com respeito aos sites que aparecem em outros grandes diretórios (do Yahoo, por exemplo) com pageranks elevados – em geral seu site pode aparecer ali se pagar e não por méritos, mas por vezes, em certos diretório é difícil distinguir uma coisa da outra.

Já em 2011 o Google eliminou o seu diretório por falta de audiência. Naturalmente todos os grandes diretórios também perderam sua importância. Apenas o DMOZ recebe alguma recomendação do Google.

-- Página de Links – Muitos sites reservam uma página que em geral recebe o nome de Links. Os sites listados ali são ignorados. É, portanto, prática ultrapassada.

-- “Ring”, Anel, Círculo - Esta modalidade consiste em incluir sites em cadeia que, depois de certo número de participantes se fecha em círculo. Como funciona: site A aponta para site B; site B aponta para site C, e assim sucessivamente, até que, digamos, site S aponta para site A, fechando o círculo. Esses links são ignorados. Admite-se que os sites envolvidos sejam punidos porque é uma prática que passou a ser formalmente contraindicada pelo Google.

-- Links de Fóruns – Observo, nas listas de links externos, cada vez menos links de fóruns. Parece que a tendência é ignorá-los, pois é sabido que muitas pessoas entram em fóruns apenas para obter links. Ademais, os gerenciadores de fóruns estão colocando cada vez mais a diretiva rel=”nofollow” nos links dos visitantes para desestimular o empobrecimento da discussão.

-- Estabelecimentos educacionais – Uma vez que o Google dá muito valor aos links de estabelecimentos educacionais (presume que a citação do outro site é sinal de autoridade), estes passaram a entrar na mira de webmasters. Em geral o que está por trás é também pagamento, para não dizer que há sites educacionais de instituições fantasmas, assim como sites que se colocam indevidamente siglas de instituições famosas no domínio. Se o site que recebe esse link lida com tema diferente do site de educação, o link será ignorado.

-- Órgãos públicos – É uma situação parecida com a anterior. Um órgão público é considerado sério e de responsabilidade (imagina, no Brasil...), pelo que seus links seriam dotados de notoriedade e, como tal, muito valorizados pelo Google.

-- Terceiro setor – As empresas do terceiro setor dependem de doações para se manterem. Então uma pessoa pode doar uma quantia de dinheiro todo mês porque acha a causa meritória. Mas pode “doar” também para garantir mais um link em página de pagerank elevado. Portanto é preciso ter atenção com sites terminados em .org. Em muitos casos é uma compra disfarçada de link. Antes eles eram automaticamente contados; agora não.

-- Sites que agregam em torno de um tema – Existem sites que agregam pessoas para discutir temas de interesse comum. Por exemplo, um site poderia agregar pessoas em discutir o ensino universitário no Brasil. Digamos que na área reservada para os interessados no ensino na Universidade de São Paulo aparecesse um link para um sex shop. De duas uma: alguém entrou e colocou um link indevido ou o site, sob o nome pomposo, oculta formas de enganar os mecanismos de busca. Um exemplo, fora do Brasil é edchat.pbworks.com.

-- Links de sites de fiscalização reconhecidos pelo Google – Existem sites que se dedicam a fiscalizar os sites de um dado segmento. Há, em geral, uma série de princípios que devem ser seguidos por aqueles que querem se tornar seus membros. O Google começou há cerca de dois anos (2009) a valorizar esses sites e dar um aumento no pagerank aos sites-membros. Um exemplo é o HONCODE. Trata-se de uma organização não governamental, sem fins lucrativos, que lista sites de médicos e profissionais da saúde, e cujo objetivo final é proteger o cidadão de informações erradas na área médica. O site que se candidata deve seguir uma série de normas; depois ele é visitado por um robot e, em certas circunstâncias, por uma pessoa. Uma vez aceito como membro, o site recebe um selo, que tem um link para a página do HANCODE onde são dadas informações sobre o site. Embora passível de serem enganados, esses sites são como um aval de que o site-membro é confiável. Inegavelmente são de muita utilidade na construção de um perfil de links confiáveis.

-- Livros de visitas – Os links dos livros de visitas são ignorados.

Vamos agora entrar numa área discutível: quando o webmaster anda numa fina linha divisória que separa o lícito do ilícito. É a ação mais comum hoje por parte dos donos de sites e webmasters para obter links. Quando você recebe um link espontâneo, ele não é fruto de seu trabalho de inserir seu URL, mas fruto do trabalho que você desenvolveu. O que vamos examinar é a situação que você “força” a inclusão de links que apontam para suas páginas, sem efetuar pagamentos.

-- Links de blogs e sites que permitem mensagens - São por onde se processa a maioria das ações dos webmasters. Nestes casos temos três tipos de links: o visitante coloca uma mensagem somente para obter links, o visitante coloca uma mensagem que exprime uma opinião sincera; o visitante tem as duas motivações. O problema está nos visitantes que entram somente para obter links. Para isso eles. antes de mais nada, verificam, pelo código-fonte, se o blog/site aceita doar rank – isso é obtido checando os links das mensagens já postadas; se tiverem nos links a diretiva rel=”nofollow”, que significa ordem para o robot não seguir o link, então o seu receberá também a diretiva e será ignorado pelo Google. Se o site não bloqueia o link nas mensagens postadas, então há chance do Google indexar e listar seu site. Outras particularidades:

-- Mensagens pequenas são consideradas suspeitas (só querem rank);
-- Site que não recebe links há meses e, de repente, recebe dezenas em curto espaço de tempo, são considerados suspeitos também.
-- Visitantes que copiam mensagens da Internet e colam – a duplicação será identificada e o link ignorado.
-- Línguas diferentes – As postagens podem ser em sites/blogs de línguas diferentes, mas têm de ser escritas na língua do blog/site. Nada impede, por exemplo, se você domina o russo (ou qualquer outra língua) de modo fluente, entrar num blog russo e discutir sua opinião com o autor . Você pode nem estar pensando em obter link, mas ele virá. Aqui podemos traçar paralelo com as citações em trabalhos científicos (origem da concepção do link nas buscas no Google), em que não há barreiras para as citações, desde que corretas.
-- Pagerank – Pode ser uma grande perda de tempo colocar mensagens em páginas com PR 1 ou 2; zero nem se fala.
-- Os textos dos links sofrem variações para não “parecer” artifício para obter links. O Penguin identifica os links que repetem o mesmo texto, prática comum em que está forçando links, e os ignora.

A verdade é que a maioria dessas mensagens visa obter links. E continuará assim, já que é impossível para o Google diferençá-las das mensagens sinceras. E enquanto o pagerank for uma variável importante, haverá quem irá procurar esses sites/blogs para superar seus concorrentes ou garantir suas posições. A alternativa será diminuir o peso do pagerank cada vez mais.

As chamadas Mídias Sociais serão motivo de um estudo à parte. Devo, contudo, antecipar que sou cético em relação a elas. Apenas para não ficar em palavras, que podem ser vazias, cito o caso de um famoso marqueteiro americano que fechou sua conta no Facebook porque não tinha tempo de trabalhar – ficava todo o tempo respondendo questões levantadas ali; e com o mesmo objetivo, indago: você acha que o Google vai valorizar uma mídia (Twiter) cujos resultados da busca podem ser listados sobre os seus anúncios com a ajuda de um plugin? ou do Facebook que está entrando nos anúncios patrocinados? Há contudo uma prática crescente neste ano de 2013 e que consiste em colocar no Facebook um resumo de alguma página que não foi indexada pelo Google. Esse resumo tem um link para a página, o que força o Google revisitar a página e indexá-la. Ao mesmo empo é um link que pode vir a ser reconhecido.

Ruy Miranda
Março, 2011
Julho, 2013

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