Mapa do Site em XML: Valor Relativo Diante do Rastreamento do Google

Ruy Miranda
Otimização de Sites


Nós somos estimulados pelo Google a fazer mapa de nossos sites em xml e a submetê-los. Entretanto, quando acompanhamos os relatórios emitidos pelo Google, observamos que esse mapa do site tem pouca importância nas diversas análises que são feitas.

O Que é o Mapa do Site em XML – O mapa do site em xml é um mapa que exibe algumas informações importantes para os mecanismos de busca. Ele pode ser feito manualmente ou por meio de programas, e exibe primariamente a última atualização de cada página, a freqüência com que ela será atualizada, e a prioridade que damos a cada página. A última atualização de cada página será a data que submetemos o site ao Google, quando estamos lançando o site; poderá ser a data de colocação de uma página nova no site; ou ainda, a data em que fazemos a atualização de uma página qualquer. A freqüência da atualização é o espaço aproximado que cada página sofre mudança ou atualização. A prioridade de cada página, expressa em números que variam de 0,25 a 1, indica a importância que damos a cada página no contexto do site.

Esse mapa é, tal como o mapa em html, uma lista das páginas do site; a diferença entre eles está no fato de que em xml é destinado primariamente aos mecanismos de busca, enquanto o mapa em html é destinado aos visitantes. Veja um e outro deste site: Mapa em html e Mapa em xml.

Valor Relativo do Mapa em XML – Alguns programas oferecidos para fazermos mapas em xml dão muitas outras informações, mas na prática o Google não as segue. Nem mesmo as informações básicas citadas acima (data da atualização, freqüência, prioridade) são seguidas. O comportamento do Google, ou de qualquer outro mecanismo de busca, segue seus próprios critérios. Por exemplo, estaremos perdendo tempo solicitando visitas diárias, ou semanais, ou de 15 em 15 dias, etc., no mapa (ou nas meta tags da página) se só efetuamos mudanças, digamos, de dois em dois meses. Depois de meses de visitas à página, o mecanismo de busca calcula o tempo médio em que as mudanças são feitas, e estabelece rastreamentos segundo este cálculo e que, neste exemplo, será de dois em dois meses.

Inversamente, se colocarmos atualizações, digamos, de 30 em 30 dias e, na prática, fazemos mudanças diárias, os rastreamentos serão diários. Dependendo do caso, se ocorrem várias atualizações durante cada dia, a programação será feita para muitas visitas diárias (os intervalos entre as visitas são também calculados pelo que ocorreu antes e continua a ocorrer na página). Podemos deduzir que uma página de notícias, que sofre mudanças várias vezes no dia, será visitada várias vezes no dia, e seu conteúdo de cada visita será indexado.

Mapa do Site em XML vs Relatórios do Google Quando submetemos o mapa do site ao Google, somos instados a confirmar a submissão por meio de algum mecanismo de verificação e comprovação, o qual pode ser, por exemplo, uma meta tag fornecida pelo Google e que deve ser acrescida à home; esta, em seguida, deve ser recarregada no servidor. As primeiras informações começam a aparecer minutos depois; os relatórios levam mais tempo e dependem da programação do mecanismo de busca. `A medida que os relatórios vão aparecendo, as diferenças entre mapas e informações contidas no Google vão se tornando evidentes.

Diferenças na Lista de Páginas Pouco adianta fazermos uma cuidadosa lista de URLs, expurgarmos imagens, colocarmos exclusões no arquivo robots.txt o Google apresentará algum endereço não previsto, mesmo que o site seja novo, ou deixará de listar página(s) incluídas no mapa. Quando o site é pequeno, digamos, com vinte páginas, haverá coincidência, mas quando entramos nas casas de dezenas, centenas e milhares de páginas, a diferença é inevitável. Se o site já se achava indexado e vamos fazer agora o mapa em xml, podemos nos preparar para um minucioso e demorado trabalho, que será tão mais demorado quanto maior e mais antigo for o site, quanto mais ou menos amigável for o servidor em que o site se encontra hospedado, quanto mais ou menos amigáveis forem as URLs. A diferença começa na lista de páginas que é apresentada pelo mecanismo de busca na Internet. (O mesmo ocorre com a urllist.txt, o mapa para o Yahoo).

Na verdade, o que o Google apresenta na Internet não é a lista de URLs que submetemos no mapa, mas a lista que ele tem no seu banco de dados. Isto inclui páginas antigas, páginas deletadas, páginas colocadas em algum arquivo no servidor, páginas que mudaram de URL, URLs que mudaram de conteúdo, e assim por diante. Em certas circunstâncias, o caso pode ser de grande complexidade, se considerarmos que houve, além dessas mudanças, alterações na navegação sem a devida atualização. Então, um site que tenha, digamos, dez anos de existência, e que exibe, digamos, trinta páginas, na lista do Google pode aparecer com mais de mil páginas na Internet. Isto mostra o quão relativo é a importância do mapa do site em xml. Sites pequenos, tais como os minisites (em torno de cinco URLs) dispensam o mapa. Entretanto se o número pequeno de páginas for apenas o pontapé inicial, devemos fazer o mapa e ir acrescentando nele os endereços dos novos conteúdos.

Freqüência das Atualizações e Prioridade das Páginas Depois de um ano aproximadamente, o Google tem condições de estabelecer a freqüência da atualização de cada página. E isso é exibido quando, depois desse tempo, voltamos a fazer o mapa do site em xml. A freqüência que encontramos é diferente daquela que lançamos no mapa do site um ano antes. A prioridade das páginas é um dado que permanece inalterado com o passar do tempo, já que não é ainda utilizado.

Em suma, o valor do mapa do site em xml para o mecanismo de busca é, muitas vezes, diferente daquele que nós damos. E a importância dele para o mecanismo de busca, no momento, é manter seu indice atualizado. Quando submetemos um mapa de site novo ou de site reformulado, haverá um tempo para que todas as páginas sejam posicionadas. É comum a home ficar por algum tempo numa posição aquem da que ocupará depois.

O valor relativo do mapa do site em xml nos coloca no dever de avaliar o procedimento para a sua submissão e a estratégia que pode tornar menor esse tempo de ajustes no banco de dados do mecanismo de busca. Imaginamos que haverá um tempo em que um mapa do site substituirá, automaticamente, os dados existentes no banco de dados dos mecanismos de busca, e este ficará por conta exclusiva de restabelecer as conexões com outros sites, e reposicionar as páginas. Talvez cheguemos a um tempo em que pessoas responsáveis por submissões recebam uma nota ou grau de confiabilidade tal que mapas feitos e submetidos por elas substituam imediatamente os dados do índex do mecanismo de busca.


Junho/2007
Agosto/2011

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