Microsoft e Yahoo Fecham Acordo - Novidades da MSN-Bing
Na essência o acordo junta a tecnologia da Microsoft, em anúncios, ao bom tráfego do Yahoo, com o que, esperam atrair os anunciantes. Pelo acordo, a Microsoft ficará na retaguarda, processando as buscas e anúncios do Yahoo por meio de sua plataforma AdCenter, e o Yahoo venderá os anúncios. O algorítmo da busca Bing da Microsoft será exclusivo para as buscas e anúncios pagos de ambos. . Por outro lado, a Microsoft obterá uma licença exclusive da tecnologia de busca do Yahoo, e poderá incorporar o que quiser dela ao Bing. Os anúncios em cada companhia permanecerão separados. Logo, à primeira vista, tudo continuará como está – notaremos apenas no rodapé das buscas do Yahoo, a expressão "Powered by Bing”. Ou talvez apenas as palavras Busca Yahoo Bing. Os dois continuarão com as outras áreas independentes. Por exemplo, nos Estados Unidos o Yahoo é forte nas áreas de esporte e finanças, e continuará intocado nelas. O acordo lembra muito o que foi feito no final da década de noventa entre o Google e o Yahoo. O Google desenvolveu um algoritmo para buscas e fez um acordo com o Yahoo de disponibilizar para este os resultados. Naquela época o Yahoo era apenas um diretório, porém todo poderoso na Internet. Não sei o que o Google recebia em troca. O Google cresceu e as coisas se tornaram o que são hoje. Desta feita, o Yahoo receberá os dados da Microsoft, via algoritmo do Bing. A Microsoft pagará ao Yahoo 88% do rendimento dos anúncios gerados pelos sites do Yahoo. A vantagem para o Yahoo é que contará com o AdCenter para gerir anúncios e buscas. Ele é muito superior ao seu (chamado Panamá) e dizem que em algumas áreas é até superior ao do Google. A vantagem para a Microsoft é de receber tráfego gerado pela tecnologia de busca do Yahoo, via barganha da tecnologia do AdCenter, que está ociosa. A expectativa é que o acordo seja vantajoso para ambos, venha a atrair anunciantes e fazer frente ao Google, o que me parece um sonho de verão. Eu tenho dito neste site que era necessário um acordo entre Microsoft e Yahoo, ou a venda deste para aquele. Entretanto, o que estão fazendo, do meu ponto de vista, não atrairá anunciantes. Posto que os anunciantes vão para onde tem gente para comprar, o acordo não prevê nada (como por exemplo, investimentos vultosos na busca orgânica) que possa atrair potenciais compradores. O Google vende muito porque tem o maior cuidado com a busca orgânica, investe muito nela, e o seu algoritmo está a quilômetros do algoritmo da Microsoft. A Microsoft acha que tendo uma boa tecnologia de busca, como a do Yahoo, deslancha nas vendas de anúncios. Entretanto, quando olhamos o que se passa na sua nova busca, o Bing, vemos que, em termos de busca orgância, continua como o Live Search e este é igual ao MSN. Tais coisas mostram claramente que a Microsoft mira no anunciante, e o Google mira nas pessoas que fazem buscas gratuitas. É este volume de tráfego do Google que gera os clique ali ao lado ou lá em cima ou nos sites parceiros. Você não verá mudanças tão cedo, em nenhum dos dois, Yahoo e Bing. Yahoo e Microsoft terão de submeter os termos do acordo aos órgãos reguladores dos Estados Unidos e da Europa nas próximas semanas. O processo, nesses órgãos, consumirá no mínimo cinco meses. Posteriroemente, a transição para o Bing, em termos globais, levará de 3 a 6 meses, e a transição do Panamá para o AdCenter levará mais de doze meses. Você pode acompanhar o desenrolar desta história que começou em 2005, com a decisão de Bill Gates de investir nas buscas, por meio dos textos publicados neste site e que estão listados a seguir. Observe as várias tentativas da Microsoft de viabilizar seu mecanismo de busca. |