Design e Otimização: Ajuda e MalefícioRuy MirandaOtimização de Sites O design de um site pode facilitar ou prejudicar a otimização. Dependendo do design, o otimizador está livre para colocar os elementos básicos da otimização no lugares certos, e no segundo caso, fica limitado ou mesmo impedido de fazê-lo. Quando designer e otimizador trabalham integrados, os resultados são melhores. Os problemas aparecem principalmente quando o site foi construído sob inspiração do designer, do proprietário ou de ambos, e o otimizador é convocado para fazer seu trabalho depois, ou quando o site precisa de uma reformulação na otimização sobre um design pré-existente. Equívocos no Design – Muita gente pensa que otimizar um site é sair colocando palavras e frases-chave aqui e acolá. Outros pensam que qualquer design pode ser bem otimizado. As duas coisas são erradas. Otimizar tem padrões bem definidos. As palavras e frases-chave são importantes, mas precisam ser dispostas de forma a que os mecanismos de busca entendam sua importância. Por outro lado, em alguns designs é impossível, nos níveis atuais de evolução da internet, otimizar as páginas. Por exemplo, um site totalmente construído em flash, será pobremente otimizado. O mesmo vai ocorrer com um site com pouquíssimo texto e imagens que mudam continuamente. Ao contrário do que muita gente pensa, a otimização não depende de textos grandes ou muitos textos no site. Porque, como disse, otimizar não é sair espalhando palavras e frases. E tampouco é usar uma alta concentração de palavras ou frases na página. Está jogando dinheiro fora quem compra programas para calcular a quantidade dessas palavras ou frases, digo, em certas circunstâncias a quantidade delas pode ser mínima e a página ficar bem otimizada. Mas, também, fica pobre a otimização que não tem textos e palavras-chave suficientes. Nós estamos, hoje, numa situação possivelmente intermediária com respeito ao uso das palavras e das imagens na internet. Pode ser que as palavras venham a ter pouco valor, e as imagens, seja por meio de composições ou de vídeos, passem a ser mais valorizadas pelos usuários e, por isso, pelos mecanismos de busca. Se isso ocorrer, o Brasil vai despontar entre os sites mais criativos, já que existe uma grande ênfase dos nossos designers em usar o flash e imagens. Design Acertado – Afinal, que design o otimizador espera encontrar para fazer um bom trabalho? O ideal é o site estático e com amplos espaços no cabeçalho da página. A parte superior da página é a primeira a ser indexada e, em alguns mecanismos de busca, a única, depois das metatags. Ou seja, pode ocorrer que o robot escaneie as metatags e as vinte e cinco primeiras palavras que encontra no começo da página, e pronto! Ou então, o robot faz isto e volta dias ou meses depois para completar a indexação. O otimizador precisa desse espaço para deixar seu recado para os robots. Mas, é claro, como o recado é dado de várias formas, se esse espaço é pequeno, a comunicação, principalmente com os grandes mecanismos de busca, pode ou deve ser bem compensada com iniciativas em outras partes da página. Design, Otimização e Marketing – Otimização e marketing andam juntos na internet. A otimização é uma forma de marketing, pois, por ela, o site é promovido nos mecanismos de busca e visualizado pelo público. Mas não é só isto. A otimização leva em conta que o site também é um instrumento de marketing e, ao promover o site para melhor posicionamento, o otimizador resguarda a promoção do produto do site. Por exemplo, além de trabalhar para que o site fique na melhor posição possível nas buscas, deixa espaço para que o produto do site, que pode ser um objeto físico ou digital, seja promovido também. O otimizador precisa compatibilizar o “olhar” dos robots dos mecanismos de busca com o olhar dos usuários. Por exemplo , os robots escaneiam uma página da web da esquerda para a direita – primeiro “olham” as meta tags, depois a parte superior do corpo, depois a parte intermediária e, por fim, a parte inferior do corpo. Faz isto no site inteiro em menos de dois segundos, ou melhor, cada página em milésimos de segundo. O usuário escaneia a página com os olhos seguindo a imagem de um F. Olha a parte superior visível na tela, depois a parte lateral esquerda e, por fim, a parte central. Isso é feito entre dez e quinze segundos. Para atender ambos, ao robot, que vai levar os dados para a promoção, e ao usuário, que vai se interessar pelo conteúdo da página, o otimizador organiza os dados. Essas partes nobres da página, do ponto de vista de marketing, confluem para o centro. É ali que o usuário vai decidir se continua ou vai embora, e é ali que ocorrem mais cliques. O designer e o otimizador precisam deixar essas áreas livres para a promoção do produto do site. Desse modo, a composição da página deve resultar da convergência dessas três áreas. Se o dono do site ou o designer estão mais preocupado com o visual e não levam em consideração esses elementos, estão fazendo um malefício. E isto é muito freqüente – claro que não é porque o querem, mas por falta de conhecimento nessas outras áreas. Outubro, 2006 |