Marketing de Busca E Otimização de Sites - Diferenças e Convergências
Existe na Internet diferentes abordagens sobre o que vem a ser marketing de busca (conhecido pela sigla SEM -Search Engine Marketing) e otimização. Vou mostrar quais são elas e, em seguida, fazer uma breve discussão sobre o assunto. Marketing de Busca – São as ações em uma página ou web site estritamente ligadas aos anúncios pagos nas listas de resultados dos mecanismos de buscas. Ou seja, é tudo aquilo que se faz para que os anúncios apresentados na Internet dêm o melhor retorno possível. Esta é uma abordagem restrita. Otimização – São as ações na página ou web site relacionadas a posicionamento orgânico, desempenho, visibilidade, tráfego. Estas duas definições delimitam bem os terrenos de atuação. Essencialmente, a diferença entre os dois é que, num caso, a página está ali porque alguém pagou ou vai pagar ao veículo da Internet (mecanismos de busca, diretórios, etc); no outro caso, o veículo não recebeu e nem vai receber dinheiro direto para manter a página ou site ali. Entretanto, existe uma concepção mais ampla desse marketing. Marketing de Busca (sentido amplo) – Engloba otimização de páginas ou web sites, promoção de produtos ou serviços em anúncios pagos da Internet, sejam eles em pagamentos por cliques ou qualquer tipo de exposição, e cadastramento pago em mecanismos de busca (páginas ou diretórios). Neste caso, faz marketing de busca quem otimiza um site para o posicionamento orgânico, ou quem otimiza uma página para anúncio pago, ou ainda, quem faz as duas coisas, uma e outra acompanhadas das análises e decisões que vão do simples ao complexo. Discussão – O assunto é mais intrincado do que parece ser na exposição acima. No caso da abordagem ampla do marketing de busca, alguns alegam que se faz um trabalho de otimização da página ou site e um outro trabalho de promoção nos anúncios classificados. Portanto, o trabalho é muito maior. A otimização seria apenas uma das facetas do trabalho. Outros alegam que no marketing de busca, a otimização feita visa, sobretudo, uma ou um conjunto de páginas apenas, e tem um enfoque que se aproxima mais da propaganda. Essa otimização não dá resultado nas posições orgânicas ou dá resultados pouco expressivos. Há, ainda, aqueles que acham que no fundo tudo é marketing, e que você vai dar ênfase maior a uma coisa ou outra, dependendo dos seus objetivos e, ainda de acordo com os seus objetivos, pode dar ênfase a ambas. Eu me coloco entre estes e vou explicar porquê. Antes, vamos ver o que é marketing. De acordo com o dicionário Houaiss, marketing é A definição se adequa a qualquer coisa que falamos acima. Então, precisamos examinar melhor o que se faz nos diversos casos. No caso da otimização para se conseguir bom posicionamento orgânico, nós ficamos, de certa forma, prisioneiros de exigências dos mecanismos de busca, englobadas no que é chamado de seu algorítmo. Na otimização para anúncios, ficamos livres para editar a(s) página(s) - os únicos cuidados dizem respeito a tudo aquilo que pode ser traduzido em um bom retorno sobre o investimento e, claro, alguma sintonia com os mecanismos de busca. Para que o retorno seja bom, precisamos fazer coisas, muitas vezes mais trabalhosas do que a manutenção de uma posição orgânica, mas este assunto foge ao tema deste artigo. Uma vez que tanto posição orgânica quanto anúncios classificados na Internet estão sujeitos a uma série de variáveis independentes ou fora de nosso controle, o que me parece mais sensato é não restringir o preparo das páginas aos anúncios, mas preparar o site para ter um bom posicionamento orgânico e, se o proprietário pretende explorar os anúncios também, preparar algumas páginas do próprio site, para serem exibidas neles. O maior desafio na otimização para o posicionamento orgânico, é preparar o pequeno espaço do título e da descrição, principalmente da home, para promover o site ao lado dos anúncios pagos, quando a home galgar as primeiras posições. Por fim, podemos dizer que as abordagens do que seja marketing de busca e otimização têm convergências e divergências, as quais são secundárias. Dar este ou aquele nome a uma ação, não vai modificar esta. Os dois nomes se aplicam ao que ocorre em dois territórios no mínimo contíguos. Falar sobre eles, como neste texto, tem mais a função de informar do que influir no que o leitor vai fazer. Abril, 2009 |