Causas de Fraco Posicionamento e Bug do Google que se Autoresolve
Se seu site está parado lá atrás, no Google em particular, para a palavra/frase-chave principal, ele pode estar com algum dos problemas que assinalo a seguir. Veja se coincide e o que você pode fazer para promovê-lo.
1. Conteúdo insuficiente – Não é raro encontrarmos sites que têm pouco conteúdo nas páginas. Se copiarmos todos os conteúdos e colocarmos numa página Word, não dará o tamanho de uma página que Google, Yahoo, Bing, etc. gostam. Então é necessário aumentar os conteúdos. Se você tem dificuldade de redação, recorra a alguém que preste esse serviço. Um diretor do Google já disse que é difícil definir o tema de uma página que tenha menos de oitenta palavras. Por segurança, aconselho que a página tenha no mínimo 120 palavras.
2. Conteúdo pobre - A pobreza de conteúdo é também indesejada pelos mecanismos de busca. Mas como eles vão saber se o conteúdo é pobre, indagará você, se eles não avaliam a qualidade do conteúdo? É que existem maneiras indiretas de se avaliar a qualidade. Por exemplo, muita semelhança nas palavras usadas nas páginas é sinal de que as os conteúdos são muito parecidos, e isso é pobreza do mesmo. Se os conteúdos apresentam o mesmo tamanho nas páginas, é outro sinal. Em certos casos as páginas ficam parecendo plágio de umas das outras. Faça pesquisas e enriqueça os conteúdos.
3. Páginas duplicadas – Há sites em que certas páginas ficam anos paradas por causa de páginas duplicadas. Pode ser apenas uma, especialmente se ela tem muito conteúdo relativo (ao site). Pode ainda ser duplicação ou plágio em algumas páginas. Faça uma pesquisa em sites que identificam duplicação e plágio e, sendo positivo, mude ou exclua os conteúdos respectivos. Não importa se o seu conteúdo é o original e os outros cópias, mude-o – é melhor.
4. Duplicações internas – É muito comum encontrarmos ingênuas duplicações internas, como por exemplo, textos de “mais vendidos”, “mais visitados”, “tags”, longas informações “sobre a empresa” no rodapé, e assim por diante. Esses textos se repetem em quase todas as páginas do site. Verifique se isso está acontecendo no seu site ou no site de seu cliente. Se estiver, mude, excluindo as repetições e, dependendo das circunstâncias, fazendo imagem para as páginas internas, reservando o texto escrito para a home apenas.
5. Problemas em versão anterior do site – É comum nos depararmos com versão anterior do site, a qual não foi devidamente extraída dos indexes dos mecanismos de busca. Se existe um backup da versão, podemos analisá-la e encontrar indícios de conflitos, duplicações ou outros erros passíveis de punição. Estando ou não com esses problemas, devemos fazer o que não fizeram quando mudaram a versão: pedir a exclusão de todos os arquivos do índex do Google, por exemplo, em que a palavra-chave ou a frase-chave principais estão mal posicionadas. Mas a regra é não encontrarmos backups.
Se não há backups, podemos fazer busca gratuita em um site que arquiva sites da internet. Podemos encontrar ali a listagem dos arquivos e, com ela, pedir a exclusão de todos eles. Mas esta não é uma operação muito garantida porque os registros são mensais e entre um cache e outro podem ter ocorrido inclusão (rastreamento e indexação) e exclusão de outros arquivos. Essa versão anterior pode ter vários problemas que não nos é dado conhecer por essa via, como o caso de um arquivo que entrou, ficou poucos dias e saiu. Ele não será atingido pela exclusão porque não sabemos seu endereço ou de sua existência nos índices, sem falar que nele o desenvolvedor do site pode ter cometido faltas graves como links e textos ocultos, doorways,
cloaking, cópias literals de outras páginas, etc.
6. Problemas em versões anteriores do site – Podemos ter, nos índices dos mecanismos de busca, várias versões anteriores de um dado site. O procedimento é o mesmo do caso anterior de uma única versão anterior, mas o êxito tende a ser menor porque quanto maior o número de versões, maior a chance de problemas não identificáveis. Ademais esses sites (inclusive quando há só uma versão anterior) só entram nos arquivos da Internet até dois anos antes da pesquisa. Assim, pode ter ocorrido muita coisa no site nos últimos dois anos, sem que tenhamos meios de saber o quê.
Há ainda outro problema nesses arquivos da Internet. Nas versões mais antigas do site nem sempre encontramos o site completo. Podem aparecer nele links sem as respectivas páginas.
Por esses e outros motivos a exclusão de versões anteriores é uma medida de resultados incertos.
7. Punições “resolvidas” e sem resultado – Esta é uma situação interessante. Você identifica que os mecanismos de busca, em especial o Google, estão impondo certa punição ou uma soma de punições ao seu site. Você faz todas as correções e espera que a posição da palavra/frase-chave seja revisada, mas ela não acontece. São situações para as quais não temos explicação. A correção deveria ser automática. Se você não agir, poderá ficar meses ou anos sem sair do lugar. A melhor solução é entrar na página de pedido de revisão, no caso do Google, informar que cometeu erros, foi punido, mas que fez as correções devidas, e pede uma nova avaliação do site. Não pense que eles “vão sair correndo” para atender o pedido. Isso leva um tempo grande e indefinido, mas em geral dá resultado.
8. Mudanças sucessivas e não “digeridas” – Se você fizer mudanças sucessivas em várias páginas do seu site, mesmo sendo novo, ele poderá ficar “travado” numa posição ruim. A explicação aparente é a chegada ao centro de processamento de outras informações relativas a páginas que tinham sido indexadas, e essas novas informações requerem revisão profunda na análise do site. Aparentemente esta é uma situação que os programas demoram a “digerir”. Um exemplo clássico é você colocar, digamos, “index,follow”, na meta robot de uma centena ou mais de páginas dinâmicas e depois de alguns dias mudar para, digamos, “noindex,follow”. Isso gera uma espécie de bug na área do seu site. A correção ou acerto por parte dos programas do centro de dados pode ser extremamente lenta, em particular se novas páginas do mesmo assunto continuam a ser carregadas. Em geral a palavra/frase-chave fica numa posição em torno da página 20 nos resultados da busca. Se ficar acima de um mil, certamente tem coisa muito mais séria.
9. Site comprado com bom pagerank e que não avança – Muitas vezes a pessoa compra um site que está na Internet há muitos anos e cujo pagerank é alto. Faz as adaptações necessárias e o desempenho é péssimo. Esta pode ser uma situação extremamente indesejável porque o proprietário anterior deve ter cometido vários erros de boa- ou má-fé. Não é possível saber o que houve, sua história pelos arquivos da internet é insuficiente, e o otimizador fica imobilizado. Quase sempre o “canto da sereia” é o pagerank alto – mas ele é apenas uma das trinta variáveis mais importantes na otimização, sem contar que existem outras cento e setenta que fazem parte do
algoritmo. Pagerank alto sem os outros elementos de otimização de nada adianta.
Quando o Google Resolve seu Próprio Bug
Há situações em que somos surpreendidos pela solução do próprio Google de seu bug. Chamo de bug essas situações em que o site está mal posicionado na palavra/frase-chave principal, mesmo depois do problema ter sido diagnosticado e corrigido. Há muitos casos em que palavras/frases-chave secundárias também ficam mal posicionadas. O bug pode se complicar ainda mais se o dono ou webmaster ficam ansiosos e começam a mexer no site tentando movê-lo paraa cima. Entretanto o caminho é ter paciência se você tem certeza de que resolveu tudo o que apareceu de errado ou insuficiente. Quanto maior o número de páginas ou versões anteriores envolvidas, maior o tempo de solução (meses). Um dia o seu site aparece na primeira ou segunda página, vindo, digamos, da vigésima. Isso é uma decorrência de que os conflitos, duplicidades, erros, etc. foram finalmente resolvidos no index.
Antes do Google Caffeine dificilmente ocorriam essas soluções.
Sem dúvida, um pedido de revisão, precedido de explicações sucintas, pode ajudar.
24-03-2011
Ruy Miranda
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