Google Aplica Punições aos Proprietários de Sites


 

Ruy Miranda
Otimização de Sites


Punição aplicada ao proprietário do site é uma das últimas concepções do Google. Não se sabe exatamente quando ela começou. Sabe-se, todavia, que é uma das variações do spam na busca. E há dúvidas se é aplicável a outros problemas que a pessoa ou empresa causa nos bancos de dados desse mecanismo de busca. Para efeitos didáticos, pessoa ou empresa serão chamados aqui de proprietário.

O que é punição ao proprietário – Qualquer site que duplica ou plagia outro site ou páginas de outro site do mesmo proprietário, ou simplesmente repete o tema dando-lhe nova roupagem, é passível de ser punida. Assim, ela é aplicada tanto quando a pessoa faz vários sites idênticos ou parecidos, quanto faz apenas dois (aí incluídos sites em subdomínios). Quando isso ocorre, os sites são severamente punidos (perda de posições) em uma ou mais palavras-chave primárias, e medianamente punidos em palavras-chave secundárias e terciárias.

Em geral essas punições ocorrem quando se faz um segundo site para tentar melhor desempenho do que o obtido pelo primeiro. Fazer muitos sites para “dominar” um segmento, que foi muito comum até pouco tempo atrás aqui no Brasil, mas que hoje está em desuso, cai na mesma malha. O proprietário pode ter outros motivos para repetir o tema ou subtemas em outro(s) site(s).

Por que dizemos que a punição é ao proprietário e não ao site? – O motivo é que nós observamos que a punição ocorre mesmo quando um segundo site tem nome de domínio diferente, usa uma abordagem também diferente, apresenta títulos, descrições, cabeçalhos, textos e nomes de arquivos diferentes, e apenas o tema ou palavras-chave são os mesmos. Ora, por tais dados, os sites não deveriam ser punidos porque em tese, eles são como milhares de outros sobre o mesmo tema. Então, como se estabelece a relação entre os dois (neste caso em que estamos considerando apenas dois)?

A resposta está em dados comuns aos sites. Esses dados podem ser um conjunto ou apenas um muito forte. São eles: mesma propriedade dos dois domínios, mesma hospedagem, mesmo IP (Internet Protocol), mesmo endereço ou localização (com os mapas isso ficou ainda mais fácil), mesmo telefone, mesmo nome da pessoa ou empresa, e possivelmente o mesmo IP do computador que os gerou ou acessa com regularidade. Se os dois domínios estão registrados no nome da mesma pessoa ou empresa, isso é um indício muito forte. Se os dois sites apresentam registros dos domínios diferentes, se acham em hospedagens diferentes, mas apresentam o mesmo telefone, isso é um indício fraco; entretanto o número de telefone associado ao endereço, aumentam as suspeitas. Esses dados identificam o PROPRIETÁRIO.

Há quem diga que a repetição do layout ou de imagens também contribuem para essa identificação de propriedade. Mas eu discordo disso porque desde sempre o Google recomenda consulta ao Lynx como referência ao que os seus robots leem nas páginas. Ali só aparece referência a alguma imagem quando ela não tem a tag alt. A dedução mais lógica disso é que o Google não armazena imagens e nem mesmo seus nomes; logo, elas não podem ser usada para estabelecer paralelos de propriedade. Ademais, com a prática generalizada do uso de templates (modelos) na construção de sites, estariamos assistindo uma catástrofe, já que as imagens são repetidas nessas circuntâncias.

Por que o Google pune o proprietário? – A resposta é simples: o proprietário está inflando desnecessariamente os bancos de dados. Quanto mais dados repetidos, implícita ou explicitamente pelo proprietário, ainda que muito disfarçados, maior é o trabalho dos computadores dos bancos de dados, e a experiência do visitante que fez a busca pode ser desagradável porque links diferentes o estão levando a um mesmo proprietário, no mesmo tema. O caminho correto é ter um único site, mas bem otimizado.

Há quem suspeite que a punição sobre um proprietário recai sobre qualquer site dele, ainda que em temas diferentes, mas eu discordo disso. Vou citar um exemplo ilustrativo. Já acompanhei vários sites que sofreram banimento e a maioria deles, depois de um certo tempo (um a dois anos), foi readmitida no index do Google. O site 5 Star Shine foi banido em 2006, quando vinha ocupando o primeiro lugar por muitos anos. Outro site do mesmo proprietário, o gorillawebsitemarketing.com, que realizou manobras ilícitas para obter posições para seus clientes na Internet, foi igualmente banido no mesmo processo. Em 2008 o primeiro voltou a aparecer no índice e hoje está entre os primeiros (para ‘wax car’). Já o segundo não voltou mais e sequer está na Internet (você pode ver sinais dele aqui) – as aparências são de que o proprietário desistiu do negócio, já que o banimento foi definitivo. Embora as punições nos dois casos não tenham resultado de duplicações ou plágio, o raciocínio é válido. Se a punição fosse ao proprietário, o primeiro site não teria sido readmitido no índice.

Portanto, as evidências são de que a punição ao proprietário de site ocorre quando ele infla o banco de dados do Google, ainda que de modo disfarçado por uma abordagem inteiramente nova do tema ou subtema (o que descaracteriza a duplicação). A inflação pode ser de um segundo ou mais sites; pode ser tembém em uma área ou apenas uma página de um segundo site. A punição recai sobre o segundo site, na palavra-chave principal ou em alguma palavra-chave secundária ou terciária que está saturando os bancos de dados.

Embora a expressão 'punição ao proprietário' seja relativamente recente, eu já vinha observando o fenômeno há algum tempo e dava-lhe o nome de 'punição ao tema' ou, dependendo do caso, 'punição ao subtema'. Estas me parecem mais apropriadas porque 'punição ao proprietário' dá idéia de que todos os sites do proprietário, inclusive de temas diferentes, seriam punidos.

Como eliminar essa punição? O caminho mais seguro é fazer redirecionamentos e ficar com um único site. Pedir a exclusão do site ou diretório do índice do Google também é eficaz, embora o acerto tende a domorar mais. Deletar o site no servidor apenas, só resolve a muito longo prazo já que os programas dos bancos de dados levam muitos meses para identificar a ausência, confirmá-la várias vezes e dar o site por inexistente – isso pode levar anos. A decisão sobre qual site receberá os links é eminentemente técnica. O redirecionamento de um site inteiro ou de um diretório inteiro é pouco eficaz – o recomendável é redirecionar arquivo por arquivo.

 

Dezembro/2009
Agosto/2011

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